União das Freguesias de Venade e Azevedo União das Freguesias de Venade e Azevedo

História

Venade

O topónimo Venade parece derivar dum genitivo de expressão latino-cristã (Bene-Natus) ou “Benenatis” (A bem nascida), oriundo de “Benade”, que, por sua vez, teria vindo de “Baenis”, nome que os Romanos atribuiam ao rio Coura e a uma povoação existente na sua confluência com o rio Minho, dando origem à vila de Caminha e à freguesia de Venade. Era muito corrente, no século XI, utilizar esse genitivo de expressão latino-cristã (Bene-Natus) em documentos, para indicar os que tinham por nascimento uma “qualidade” superior aos outros.
Toda esta região tem um passado pré-histórico, cujos vestígios estão evidentes. A Freguesia de Venade, tem na sua heráldica uma prova desse passado longínquo. São duas antas a representarem esses monumentos funerários da época neolítica —,(há cerca de 6 000 anos), que foram encontradas no séc XIX.
Uma delas próxima da Capela de Santo Antão e outra ali perto, no denominado Poço ou Cova do Armada, como testemunhou o arqueólogo Martins Sarmento.
Ainda, a respeito da história desta freguesia, o livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte
Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz
textualmente: «Nas Inquirições de D. Afonso III, de 1258, é mencionada este freguesia.
A sua igreja pertencia ao Bispado de Tui.
Relacionada na lista de 1320 das freguesias entre os rios Lima e Minho, pertencentes a diocese de Tui, a paróquia de Venade figura no arcediagado da Vinha (Areosa), tendo-lhe sido atribuída a taxa de 50 libras.
Do Livro das Confirmações de D. Diogo de Sousa consta a doação do seu padroado ao marquês de Vila Real.
Em 1641 passou a donatária desta freguesia a Casa do Infantado que apresentava o reitor.»


Azevedo

Encontram-se  em Azevedo vestígios de uma estrada secundária atribuída ao tempo dos romanos, mas muito antes disso já os Celtas por estas terras tinham, no alto dos montes, deixado marcas da sua ocupação.
Sabe-se que no ano 563 da era de Cristo existia uma povoação com o nome de Vale dos Azares, onde entre outras terras se incluíam   as terras que compõem a actual freguesia de Azevedo. Sabe-se também que, as actuais Azevedo e Vile faziam parte de um conjunto de freguesias desse Vale, elas duas formavam outrora uma só,  que se chamava São Pedro de Varais e tinham em comum uma capela, que existe até hoje, e é actualmente pertença da Freguesia de Vile,  a Capela de São Pedro de Varais.
Era para lá que os habitantes destas terras levavam , os seus mortos através dos Montes do Vieiro e da Chã Vermelha.
Merecem atenção na freguesia a igreja paroquial, de traço simples, e a Capela das Barracas (barroca, construída em 1764), com a explicação deste nome envolta em controvérsia.
A Capela das Barracas enquadra-se numa corrente arquitectónica que começa a surgir pelo século XVII e era caracterizada pela exuberância e densidade decorativas.
Trata-se de uma corrente artística que imprimia, na pedra, o espírito da Igreja daquela época. Uma igreja rica, que sentindo-se ameaçada pelo protestantismo, encontro Barroco, o seu mais forte argumento de afirmação.
Igreja Paroquial de Azevedo – Igreja de São Miguel
Supõe-se que em 1513, Martim Anes de Azevedo ou Martinhães d`Azevedo, construiu em Azevedo a capela de São Tomé, que mais tarde o Arcebispo de Braga D: Afonso Furtado de Mendonça lhe deu o nome de «Igreja de  São Miguel de Azevedo», que é a actual embora tenha sofrido modificações com os tempos.
Existiam na freguesia dois cruzeiro, o de Lavegadas e o Cruzeiro, ambos já desaparecidos. Actualmente, existe um cruzeiro na Avenida Salgueiro. Junto ao Cruzeiro fica um pequeno nicho chamado Alminhas.
Ainda a respeito da história desta  freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:
«A referência histórica mais antiga a esta freguesia encontra-se na doação feita por D. Afonso Henriques desta ermida ao abade do mosteiro de Vitorino das Donas, antes de 1180.
Foi curato da apresentação do convento de Tibães, até à desanexação deste do colégio de São Bento de Coimbra. O seu cura passou então a ser apresentado por aquele colégio.
Esta freguesia e a de São Sebastião de Vile formavam uma paróquia, servindo de igreja paroquial o mosteiro beneditino de São Pedro de Varães.
Só a partir de século XVII  e após várias vicissitudes, os fregueses de Azevedo lograram edificar o templo e separar definitivamente a sua igreja paroquial da de Vile.
Em vista de 3 de Abril de 1621, o arcebispo de Braga, D. Afonso Furtado de Mendonça deu-lhe o nome de São Miguel de Azevedo.»
( Fontes consultadas: Caminha e seu Concelho, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI  )

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